Há alguns dias, mudei de casa. Enquanto empacotava, postei uma foto lá no instagram e matei uma curiosidade de muita gente: qual é o tamanho do meu próprio guarda-roupa?

É isso. Todas as minhas roupas de frio, calor, festa, trabalho, passeio etc cabem em uma mala de viagem grande, dessas de 32kg. Não foram aí os extras mais estruturados e volumosos, que poderiam estragar, como sapatos, acessórios e bolsas. As roupas íntimas, pijama e de esportes, também poucas, foram em uma malinha de mão.

Como é possível que um guarda-roupas caiba apenas em uma mala?

Muita gente se surpreendeu e perguntou isso. Ainda mais pra mim, que tenho as roupas como ferramenta de trabalho.

A resposta é uma só: com muito autoconhecimento e noção do que é importante pra mim, não só dentro do armário, mas na vida.

O que realmente importa

Além de saber as minhas prioridades de estilo, eu sei as minhas prioridades de como pretendo viver a vida. Não gosto de perder horas escolhendo roupa, não gosto de sofrer na frente do espelho, gosto de me arrumar em pouco tempo e até sair com pressa de casa se resolver abraçar a espontaneidade e fazer um passeio não programado. E gosto de ter isso tudo estando bem vestida.

Gosto de roupas bonitas, que caiam bem no meu corpo e que me representem. Mas também gosto de livros, de viagens, de passeios e de tudo que a vida pode me proporcionar. Por isso, penso muito bem antes de investir em uma peça de roupa uma grana que eu poderia gastar de outra forma.

O histórico deste guarda-roupa

Mas nem sempre foi assim. Eu já passei por várias fases que encheram o meu armário.

Já trabalhei com criação e desenvolvimento de produtos e ganhava um bônus em roupas. Já tive marca de acessórios e ficava com peças piloto ou peças que eu gostava muito e não vendia. Fiz coleção de bolsas vintage, de lenços, de broches… Passei pela fúria de descobrir brechós, outlets e outros lugares de pechincha. Pela fúria das compras nas primeiras viagens internacionais. Tive momentos de compras compulsivas, compras de premiação, de consolo e também tive muito apego com aquilo que não fazia o menor sentido pra mim… Ufa!

Chegar nessa mala foi um processo. 

Posso dizer que é um processo que se renova, aliás. Enquanto escrevo esse texto já olhei pra 3 peças que não permanecerão aqui por mais muitos meses.

E apesar do ditado ser bem popular, eu não gosto da ideia de “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço“, então faço o possível pra me distanciar dele. Por isso, sim, a minha formação e experiência como consultora de imagem contribuíram pra que eu fosse aplicando tudo isso no meu próprio guarda-roupa.

Mas é importante ressaltar que não é porque o meu processo resultou nisso que o seu precisa ser exatamente assim. Na minha vida de hoje, esse número de peças é suficiente. Pra outras pessoas pode ser um pouco mais, pra algumas pode ser até menos. A única lógica que tem que rolar é aquela do que faz sentido pra você.

Ou seja, a resposta para o título desse post é: sim um guarda-roupa pode caber em uma mala. E é maravilhoso quando isso acontece, mas o tamanho da mala é você quem define.

Se você tem a sensação de que tem coisas demais por aí, baixa o meu livro gratuito15 passos para desentulhar o seu armário” e aprenda a dar uma aliviada nessa montanha de roupas!

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