Na semana passada, finalmente assisti ao documentário sobre a Iris Apfel (disponível no Netflix) e fiquei ainda mais inspirada pra bater esse papo semanal com você.

Iris é uma designer de interiores americana, cujo estilo bem particular e ousadíssimo ganhou notoriedade nos mais recentes dos seus 94 anos, depois de uma exposição no MET, em Nova Iorque.

Este ícone, que já estrelou linha da MAC, campanha da Kate Spade e inspirou vitrines da Bergdorf Goodman, logo conta como monta seus looks ousadíssimos: como se estivesse tocando jazz, tentando isso e aquilo na base do improviso.

Confesso que me senti um pouco sufocada com a quantidade de bugigangas, além de bolsas e acessórios espalhados pelos seus imóveis (e até um depósito). Mas exageros à parte, Iris tem muito a ensinar pra gente.

Começando pela importância de simplesmente se permitir.

Sim, eu tenho uma profissão justamente porque existe toda uma teoria por trás da imagem, uma linguagem, uma forma de construir um look como se fosse um texto, mas isso só é possível quando a gente se permite ouvir nossos instintos (mesmo durante a consultoria!).

Como eu já contei aqui, muita gente me procura com dúvidas e receios, sem ao menos ter tentado montar aquela coordenação que adoraria “mas não sabe como”. Daí que o resultado é uma multidão de pessoas iguais por aí, sem mostrar minimamente para o mundo a que vieram.

“A vida é cinza e sem graça, então é legal quando a gente se diverte ao se vestir e diverte as pessoas”(APFEL, Iris maravilhosa)

Coisas que você precisa saber quando

Tá difícil achar “aquela” peça
Outra coisa que fica bem clara no documentário é que qualquer lugar é lugar para fazer bons achados. Iris foi parar no MET por ter um dos maiores acervos de bijuterias de alta-costura dos Estados Unidos, mas muitas das suas compras também foram feitas em brechós, lojas de bairro e até em lugares tipo mercado de pulgas.

Resolve começar pelo seu próprio armário
A Mari Pelli, criadora do Roupa Livre, tem um trabalho excelente pra te mostrar que “a gente não precisa de mais roupas, a gente precisa de um novo olhar” – mesmo porque o problema não é só a quantidade de peças sendo geradas no mundo, mas também o jeito como esse volume é produzido.

Um bom lugar pra começar a exercitar isso é com o que a gente tem. Que tal tentar mudar a cara de um vestido básico sobrepondo com uma saia ou um lenço e um cinto?

Você nem precisa fazer nada tão ousado, como virar o cardigã de ponta cabeça. O importante é começar, ainda que de forma bem sutil.

Tá afim de olhar pro armário alheio
Falando no Roupa Livre, tá rolando campanha para lançar o aplicativo de trocas do projeto. Além de útil, o aplicativo promete ser super divertido (foi inspirado no Tinder).Você pode apoiar aqui.

Pintou aquela crise de que estilo depende da idade
Não preciso nem te dizer pra ver e rever o documentário da Iris, né?

Mas depois que você fizer isso, aproveita que já vai estar no Netflix e assiste também Advanced Style, documentário sobre as personalidades que aparecem no blog homônimo. Divertido e inspirador.

Pega seu fone de ouvido (pra não deixar escapar nenhuma nota), dá o play aqui e corre pro seu armário.Depois me conta quanta inspiração isso rendeu!

*este texto foi originalmente enviado para as mulheres que assinam a minha newsletter. Se você também quiser receber textos especiais e saber de cursos, workshops e outras novidades antes de todo mundo, além de desentulhar esse armário, baixe o e-book e assine a lista aqui.

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