3 dicas para ter mais consistência no estilo
Imagina que louco ter facilidade para se vestir? E aqui não falo do clássico “não tem tu, vai tu mesmo”. Mas de abrir o armário, encontrar só opções maravilhosas e que combinam entre si, escolher sem grandes dúvidas e sair de casa se sentindo incrível. Sabe qual é o segredo de quem consegue fazer isso todo dia de manhã? Consistência no estilo.
Pode ser que você já tenha tentado montar armário cápsula, ou tenha investido seu rico dinheirinho em “peças coringa”, e tantas outras técnicas milagrosas para ter um armário prático, funcional e com sentido. Mas – surpresa! -, não rolou. E você continua demorando horas para se vestir, e saindo de casa com a sensação de que não era bem isso que você queria.
O motivo das empreitadas não darem certo não é o castigo divino a quem ousa tentar tornar a vida mais prática. Eu também sou uma entusiasta dos guarda-roupas fáceis de lidar. O que provavelmente tá pegando aí – e que é um problema bem recorrente – é que falta você descobrir maneiras de se apropriar do seu estilo e trazê-lo para o dia a dia. Isso é consistência. E consistência no estilo é fundamental pra gente não começar o dia surtando na frente do guarda-roupa.
Consistência no estilo: por que é difícil ter?
Ainda que você já tenha identificado seu estilo e entendido como o seu estilo se manifesta, pode faltar a consistência no dia a dia. É normal, e faz parte do processo de conhecimento do próprio estilo.
É que trazer a teoria para a prática não é um processo simples. Além disso, se apropriar das informações que você descobriu, ou tem descoberto, ao conhecer o próprio estilo, é uma questão de hábito. Ou seja, precisa praticar pra ir pegando o jeito. E, com o tempo, manter a consistência no estilo fica bem mais fácil.
Para facilitar essa jornada de apropriação do próprio estilo no dia a dia, aqui vão 3 dicas práticas. Se você adotar só um desses hábitos, já vai sentir a diferença. Adotando os três, logo a hora de se vestir vai fluir melhor e render resultados bem mais felizes.
1. Questionar tudo o que entra no seu armário
Quanto mais criteriosa você for na hora das compras, mais fácil vai ficar a hora de se vestir. Além de observar o caimento e a qualidade de cada peça, vale se fazer algumas perguntas antes de levar cada peça para o caixa. Isso aqui carrega meus padrões de estilo? Faz com que eu ouça o funk do “Sou F*da” ao fundo? Está conectado com os meus objetivos? Essa é mesmo a melhor peça que eu posso comprar nesse momento?
Parece simples, mas tem muita gente que justifica as compras com “ah, mas tava baratinho”, ou “tá na moda!”. Tem também a desculpa do “ah, dá pro gasto. Vou levar, e fica de roupa pra bater”. Não, não e não! Nada disso é motivo para comprar uma roupa! Os critérios que vão fazer a compra ser boa e valer a pena são aqueles lá de cima.
2. Vestir o seu estilo antes do seu corpo
Corpo é apoio, é parte de quem a gente é. Mais do que carregar a roupa, ele nos permite sentir o abraço de quem a gente gosta, o sabor daquela comida que faz lembrar da avó. O corpo é um aliado, e não esse inimigo horrível que vendem pra gente a vida toda.
Por causa dessa ideia equivocada e cruel sobre o corpo, nós aprendemos a nos vestir para consertá-lo e escondê-lo. Como se ele fosse cheio de erros. Mas não é! E tentar se vestir tendo os disfarces e consertos do corpo como prioridade é um atalho pra odiar o look.
Quando a gente conhece o próprio estilo e prioriza as informações dele, adaptar qualquer coisa que queira usar para o nosso corpo é muito fácil. Mas fazer o caminho inverso – priorizar os “defeitos” e aí adequar o que “pode” usar ao próprio estilo – é bem mais complicado.
Qual foi a última vez que você se vestiu para mostrar seu estilo para o mundo? Tente deixar de lado a ideia de se vestir para parecer mais alta, mais baixa, com mais curvas, com menos curvas, e se vista para expor o que você tem de melhor. Vista o seu estilo, quem você, o que quer comunicar e trazer para a sua imagem.
3. Questionar o que você já tem
Mesmo que você se vista intuitivamente, pare por um momento, olhe-se no espelho e pense: qual era o meu objetivo? Eu consegui atingi-lo? E, se não consegui, o que posso mudar?
Eu recomendo até anotar, por alguns dias, todos os seus looks. Junto com essa documentação, escreva qual era o seu objetivo, se você conseguiu atingi-lo ou não e por que. Tipo: Eu me vesti para parecer forte, e consegui. Porque essa blusa, com esse corte, faz com que eu me sinta mais imponente.
Reler essas anotações vai ajudar a encontrar padrões, e na próxima vez que você quiser se vestir para inspirar força, vai conseguir ser ainda mais assertiva. E, quando sentir que o look não rolou, vai ter mais pistas do que pode não estar funcionando.
Muita gente, diante de um look que parece ter algo errado, troca todas as peças. Mas, às vezes, falta só um acessório. Ou é só uma questão de dobrar as mangas da camisa, ou colocar a blusa para dentro. Mas, para saber disso, é preciso se conhecer e treinar o olhar. Ou seja: precisa de prática e observação.
Por que adotar esses 3 hábitos?
Eu recomendo esses hábitos para todas as minhas clientes de consultoria e alunas do curso Liberte Seu Estilo. O melhor deles é que são interligados. Ou seja: se você adotar o hábito 3, já tendo feito o 2, quando recomeçar o ciclo e chegar na hora das compras, o hábito 1 vai ser muito mais efetivo porque você terá mais repertório para analisar cada escolha.
Quem já passou por um processo de conhecimento do próprio estilo vai sentir mais facilidade de adotar essas 3 práticas e adquirir consistência no estilo. Mas quem ainda não vivenciou esse processo também pode adotá-las. Esta é uma maneira de se conhecer, se estudar, e começar a mapear os próprios padrões.
Tenta, faz suas anotações, insiste nos hábitos e volta aqui pra me contar o que mudou nessa relação com o armário!