Às vezes, sinto como se estivesse vivendo nos tempos do Império, na França, quando Napoleão Bonaparte proibiu as damas de repetirem roupas na corte- uma medida para proteger e desenvolver a indústria têxtil de seu país.
Acontece que eu estou em 2014 e sou apenas uma moça latino-americana. Por isso, vejo um anjinho morrer todas as vezes que alguém me fala sobre a necessidade de comprar um vestido novo. Vejam bem: necessidade. Não estou falando de vontade, desejo, mas de obrigação.
Vamos lá, se até a Carla Bruni repetia roupa constantemente quando era primeira dama da França, por que você não pode?
Sabe quem mais repete? Kate Middleton, duquesa de Cambridge, esposa do príncipe William – que tá ali quase na “boca do gol” na linha de sucessão ao trono britânico.
E a Michelle Obama, primeira dama dos Estados Unidos. E Anna Wintour, editora chefe da maior publicação de moda do mundo, a Vogue América – AKA O diabo que veste Prada.
Se alguém no mundo pode ter um guarda-roupa ilimitado, a lista começa por essas mulheres (entre tantas outras com o mesmo acesso). Elas poderiam trocar de roupa a cada minuto, se quisessem, e ainda assim não teriam usado todas as opções que são oferecidas para elas. Obama, inclusive, já foi vista usando até roupas da Target em ocasiões oficiais.
E aí você, que trabalha loucamente e precisa pensar com muito cuidado e carinho antes de cada aquisição, vai comprometer seu orçamento?
Se repetir a roupa de festa te incomoda, invista em um modelo menos chamativo e mais versátil e use os acessórios para transformar a cara dele em cada ocasião.
Roupas são uma forma de expressão e por isso devem acompanhar nossas necessidades, assim como os ambientes que frequentamos. Mas não faz tanto sentido se prender a uma regra que foi criada para estimular a indústria do vestuário de outro país, há vários séculos, não é?
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