Sobre filmes franceses e o seu estilo
Na semana passada, começou um dos meus programas anuais favoritos: o My French Film Festival – um festival de cinema francês que disponibiliza longas e curtas gratuitamente online.
Eu sou um tantinho obcecada por filmes franceses ( <3 Truffaut), então aproveitei todo e qualquer tempo livre que tive nos últimos dias para assistir alguns deles – recomendo!
Mas, né, o que isso tem a ver com estilo pessoal?
Há alguns anos, meu namorado me perguntou o que motiva esse meu amor sem fim por esses filmes. Eu nunca tinha parado pra pensar nisso até então, mas agora eu penso toda vez que vejo algum.
E o motivo é o mesmo que me leva a amar o meu trabalho.
Pra mim, filmes franceses são elogios às imperfeições.
Eu também gosto de filmes hollywoodianos, mesmo aqueles bem bobões, mas nos filmes americanos tudo é muito certinho e até os erros dos personagens são plastificados.
Veja as atrizes, por exemplo. As hollywoodianas são quase todas iguais, seguem um mesmo padrão de corpo cirurgicamente construído, cabelo, sorriso, estilo de roupa… Até as exceções são regras. E isso acaba se estendendo para o enredo, personagens, fotografia e tudo o que participa do universo cinematográfico – ainda que em suas ruas a realidade seja bem distante.
Apesar de magras em grande parte, as francesas têm belezas variadas. Brincam com os seus cabelos, suas roupas, não fazem maquiagens contornadas e sequer se preocupam com um nariz pronunciado ou um dente separadinho. Isso vira charme.
É natural, bonito, simples e ao mesmo tempo complexo, mesmo nos filmes mais fantasiosos. Assim como as pessoas da vida real.
E é isso. Depois de anos trabalhando com imagem, descobri que o que eu gosto mais nessa profissão é de poder encontrar a beleza em todos os lugares.
Por aqui a gente é muito influenciada pela cultura de se odiar, e eu também me sinto impactada por isso, mas o que a gente precisa entender é que ninguém precisa ser milimetricamente projetada pra caber num padrão qualquer.
Eu concordo com a Clarice Lispector, quando disse que a gente precisa tomar cuidado ao cortar os nossos defeitos, porque “nunca se sabe qual é o defeito que sustenta um edifício inteiro”. Mas depois que eu aprendi que uma imperfeição está longe de ser um defeito, tenho preferido pensar mais em encontrar aquele detalhe só nosso que faz com que a gente seja tão especial.
Por isso, te convido a listar: qual é ou quais são os seus? Como você faz pra valorizar isso?
Coisas que você precisa saber quando
Quer saber que outros aspectos da cultura francesa a gente também pode trazer pra nossa vida
Como uma coisa leva a outra, não são só os filmes franceses que me encantam. Por isso, depois de muito relutar, resolvi entender por que “As francesas não engordam”.
Fui surpreendida e o resultado desta leitura rendeu um vídeo sobre várias dicas que a gente pode trazer pro nossa vida e, especialmente, para o nosso armário. Clica aqui pra ver o vídeo!
Quer parar de se esconder sob o “preto total”
Por causa dessa ideia de que qualquer coisa que não tenha sido milimetricamente construída é ruim, muita gente acaba limitando suas produções ao batido “preto total”.
Dizem que ele alonga, emagrece, deixa a imagem poderosa e é fácil de combinar. A verdade não é bem por aí, por isso eu listei algumas alternativas pra quem quer sair dessa cilada.
Quer encontrar qual é exatamente a imperfeição que te faz tão especial
Vem pro meu workshop sobre como retomar o controle do seu armário. Vou te ajudar a encontrar aquilo que te faz tão singular, entender o seu estilo, tipo físico e a trabalhar a sua imagem de forma a contar pro mundo tudo aquilo que você tem de mais interessante. Inscrições aqui.
Pra não se arrepender
Se você só recriminou (ou deixou recriminarem) cada detalhe que te constroi até agora, varre tudo pro passado e recomeça do zero com esse clássico da Piaf.
*este texto foi originalmente enviado para as mulheres que assinam a minha newsletter. Se você também quiser receber textos especiais e saber de cursos, workshops e outras novidades antes de todo mundo, além de desentulhar esse armário, baixe o e-book e assine a lista aqui.
Imagem: Moon in the Gutter