Sobre medo, amor e porque você não consegue encontrar seu estilo

Você já parou pra pensar sobre o que é o medo e como se virar com ele?

Até então, eu seguia a linha da Liz Gilbert de lidar: se ele aparecer, enfia no banco de trás do carro da sua vida e avisa que ele pode ir junto, porque afinal ele faz parte, mas deixa claro que ele não pode controlar nada.

Me parecia um jeito racional e prático de lidar com uma emoção que, em tese, não vai sair do nosso lado.

Aí que nos últimos tempos, por uma questão profissional e várias pessoais, comecei a mergulhar mais profundamente em processos de autoconhecimento e fui abraçar até algumas terapias alternativas das quais eu nunca havia ouvido falar antes. E, em uma dessas sessões, a minha musa da Thetahealing (oi, Carol! :D) me explicou que, do ponto de vista das curas alternativas, o medo é a falta do amor – e onde tem amor, não cabe o medo. 

Isso mexeu com cada Minion que circula aqui dentro desta caixa craniana e me deixou pensando muito nessa ideia nos últimos dias.

Aí eu te pergunto: O que você deixa de fazer na sua vida por falta de amor? Por não se permitir amar aquilo que você tá fazendo, por não se permitir se amar?

Provavelmente muita coisa, né? Por aqui, já deixei de fazer várias e confesso que até quase quase abandonei esta carreira que é a minha maior missão na vida, que me satisfaz e me energiza. Sem contar as imagens que eu tentei criar para me adaptar ao que eu achava que deveria ser.

A Brené Brown (uma das pessoas mais maravilhosas que habita este mundo, na minha humilde opinião) fala muito sobre vergonha e medo como o nosso não-merecimento à conexão com os outros. Como se tivesse algo sobre a gente que, se os outros descobrirem, nos tiraria o direito à conexão humana, o senso de pertencimento, que é o que nos trouxe e nos move neste planetinha, afinal de contas.

Sabe aquela velha história de nunca ser bonita, boa, inteligente, magra ou qualquer coisa que seja o suficiente? Pois é.

Como alguém que tem que investigar o outro pra poder criar uma imagem que facilite as conexões, ainda que sem querer, eu lido com o medo das pessoas todos os dias. 

E sabe o que eu percebi que é o maior problema de quem não consegue definir o próprio estilo? Exatamente esse receio em se assumir como se verdadeiramente é.

Eu ouço mais histórias sobre as roupas que o marido gostaria de ver, sobre como a mãe reclama da ausência de tais peças no armário ou como o ambiente de trabalho é X, enquanto a pessoa é Y, além do mundo e uma série de outras coisas, mas poucas histórias sobre como cada cliente realmente quer se ver.

E o mais curioso é que quando eu peço para descrever “quem você é e como quer ser vista”a maioria trava. Como se a ideia de terem permissão para serem quem são fosse tão absurda que nunca tinha passado pela cabeça antes.

Será que você não anda fazendo a mesma coisa sem perceber? Deixando o medo sentar no banco de trás e jogando o amor lá no porta-malas?

Coisas que você precisa saber quando

Precisa abrir o porta-malas

Se esse é o seu caso, eu vou te propor um dos meus exercícios favoritos para começar esse resgate: o que eu chamo de lista da gratidão.

Basicamente, você vai listar as 10 coisas que mais ama em si mesma (tanto características físicas, quanto de personalidade), pendurar na porta do seu armário e passar a se vestir procurando ressaltar cada um desses pontos primeiro.

Eu sei que a vontade de começar pela parte que você detesta é grande, mas vai por mim. Por pelo menos uma semana, foca apenas nessas 10 coisas.

Depois volta aqui e me conta.

Acha que não consegue fazer isso sozinha

Às vezes, a gente precisa de um coach, uma terapia ou algum outro processo que nos ajude a nos situar no mundo. Em outras, a resposta já tá lá pronta pra sair, mas o nosso eu exterior não tá sintonizado ainda.

Nesse segundo caso, procurar uma consultoria pode ser interessante, mas muita gente se pergunta se vale realmente a pena. Por isso, no vídeo desta semana, eu listei algumas coisas que você deve considerar antes de procurar alguém.

 Pra estimular o amor a sair

Eu sei que às vezes é difícil, mas dá o play aí no Mika e entra no clima, porque todo mundo vai amar hoje!
*este texto foi originalmente enviado para as mulheres que assinam a minha newsletter. Se você também quiser receber textos especiais e saber de cursos, workshops e outras novidades antes de todo mundo, além de desentulhar esse armário, baixe o e-book e assine a lista aqui.
Imagem: Death to the stock photo