A gente nem imagina que uma peça de roupa, tão indefesa, possa fazer mal pra gente (além de não passar a nossa melhor mensagem pro mundo), mas às vezes acontece.

A primeira roupa que te prejudica é aquela que tem as fibras erradas.

Pois é. Olhar a etiqueta das suas peças não é só essencial pra que elas durem mais e verificar se o custo tá de acordo com o benefício, mas também pra ter certeza de que não te causarão nenhum problema.

As fibras em si não dão exatamente alergia, mas elas podem irritar a sua pele com o atrito (especialmente no verão), fazer com que você transpire mais por não deixar que o ar circule corretamente (acrílico e poliéster, principalmente) e também piorar problemas de respiração, já que algumas retêm bastante poeira.

Outra roupa que pode te prejudicar bastante é aquela calça skinny tão apertada que parece te embalar a vácuo.

Além de serem grandes causadoras de celulite, o uso prolongado desse tipo de calça pode trazer problemas nas áreas íntimas e ainda te deixar sem andar.

Igualmente preocupante são aquelas (quase todas) produzidas sem a menor preocupação ambiental.

É gostoso renovar o armário gastando pouco, mas tudo tem seu custo. Pior é saber que mesmo quando a gente gasta um pouco mais, corre o mesmo risco.

Os produtos químicos usados na produção de roupas (tanto no cultivo, quanto na finalização) são os mais preocupantes: poluem o ar e a água do nosso planeta, matam animais e até as pessoas que lidam diretamente com o manuseio de fibras – como os trabalhadores que desenvolvem câncer por causa dos agrotóxicos usados em plantações de algodão.

Mas o problema não para por aí. Muitos dos produtos finalizadores, como os usados para deixar suas peças mais macias ou preservá-las durante o transporte, por exemplo, podem ser absorvidos pela nossa pele, trazendo desde reações alérgicas até problemas mais graves que ainda não foram mensurados – por isso é tão importante lavar as peças antes de usá-las.

Alias, vale ficar esperta porque esses produtos não são encontrados apenas em roupas de adulto ou em peças baratas. Em 2014, por exemplo, o Greenpeace encontrou uma série de tóxicos em peças infantis até em marcas como Burberry!

Imagem: Demetrius Washington/Unsplash

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