O estranho caso da menina que não sabia

Hoje eu te trago uma história.

Era uma vez uma mulher incrível. Pensa aí numa mulher foda: inteligente, batalhadora, bonita, alegre, engraçada, viajada, de bom gosto e mais uma porção de predicados…

Fácil viver sendo isso tudo, né? Quem não quer ser uma mulher assim?

Acontece que essa mulher me procurou. Várias dessas me procuram, aliás, essa me veio com uma das piores “crises de imagem” que eu já presenciei na vida.

Foi um dos casos mais simbólicos dos meus anos de consultoria até hoje.

Essa mulher maravilhosa não tinha a menor ideia disso tudo e só se escondia sob camisetas pretas (que nem eram a sua melhor cor) e calças jeans. Aquela coisa que não tem nada de tão errado, mas não tem nada de certo também, sabe? Aquela coisa que não conta pro mundo sobre todo esse potencial…?

Pois bem. Além disso, rolava uma fobia sem fim de fazer compras e de montar qualquer produção que fugisse do padrão jeans-e-camiseta sozinha. Do tipo que tinha um armário mais constituído por peças que ganhou de presente do que peças que estavam lá por sua escolha e gosto.

Do tipo que vivia a vida num sofrimento por se sentir inadequada. Inadequada no trabalho, inadequada nas baladas, nas viagens, nos passeios…

E nesse estado ela veio. Chamando a consultoria de “tratamento”.

Não foi um processo dos mais fáceis, porque eu tive que criar vários exercícios extras pra fortalecer essa confiança, pra conseguir mostrar pra ela pelo menos um tantinho desse tudo que ela é e de como esse tudo poderia, sim, aparecer na roupa. E, principalmente, como ela podia seguir em frente se apropriando de toda essa informação sozinha.

Confesso que pela primeira vez na vida eu pensei que poderia não dar pé. Eu já peguei casos não muito fáceis, mas eu não sou do tipo que larga o osso. E como eu aprendi nesse processo! Inclusive, e ela nem sabe, foi um dos motivos que me levou a desenvolver uma nova metodologia de trabalho.

Faz uns meses, eu recebi uma mensagem dela contando como se sente depois desse ano desde que fizemos a consultoria. Ela quis compartilhar comigo como o seu olhar mudou e como mal usa preto (e nem sabe como gostava dessa cor – diz que quando usa, sente que não a pertence)! Contou de como hoje os seus looks são elogiados, mesmo quando só monta pensando que vale a pena tentar, sem se preocupar se vai ficar incrível…

Imagem: meu instagram

Ela não passou a amar compras- e nem deveria! Mas quando precisou, comprou direitinho (ela até me procurou depois pra pedir ajuda, e no fim comprou sozinha e deu tudo certo!). Entre tantas coisas, contou como continua nesse processo de melhora da autoestima, mas como as mudanças com a consultoria já são evidentes.

Ao final da mensagem, ela me disse algo que tomei como uma ordem: “Continue ajudando as pessoas, isso é lindo”!

Eu não preciso dizer que conforme eu lia cada uma dessas linhas, eu senti o arco-íris saindo da minha barriguinha, tal e qual aquele ursinho carinhoso, né? Fiquei toda emocionada, pensei que é pra isso que eu tô aqui mesmo e guardei no meu coração.

Eu tô resgatando tudo isso hoje porque esse caso foi simbólico, mas não foi o único caso de mulher-que-é-foda-mas-não-consegue-ver-isso que eu atendi nessa vida. E eu aposto que tem várias desse tipo aí me lendo agora, por isso mesmo estou contando isso aqui.

Meses depois, tenho pensado muito nela.

Lembrei dela no outro dia, quando estava editando mais um lookbook e fiquei empolgada com o resultado que eu e outra cliente conseguimos chegar. Eu sempre falo sobre como o lookbook é uma das minhas partes favoritas da consultoria, porque é divertido e tudo mais, mas eu nunca tinha contado pra ninguém que é das minhas partes favoritas porque é nele que eu coloco em imagem tudo aquilo que a pessoa é. O momento em que a gente mostra pro mundo (e pra própria cliente): olha só que pessoa maravilhosa! Tu tá vendo o que eu tô vendo?

Lembrei desse caso nessa semana, quando resolvi anunciar a nova metodologia e convidar algumas mulheres a participarem do novo processo em primeira mão.

Lembrei desse caso quando recebi muitas mensagens de outras mulheres me contando os resultados que já atingiram só com o conteúdo que eu disponibilizo aqui no e-mail, no site, no canal do youtube, no livro…

Lembro desse caso sempre que penso sobre essa minha escolha de ser consultora, autônoma, empresária, empreendedora no país que a gente vive.

Lembro desse caso quando organizo os projetos e a vida pro ano que já já se inicia. Quando penso que eu quero viver e morrer fazendo exatamente isso: continuar ajudando as pessoas. Ajudando as mulheres a se descobrirem, a usarem aquilo que pertence. A se tornarem “menos neuróticas com a aparência”, como ela me disse.

E eu posso fazer isso com a consultoria, como foi o caso dela, mas posso fazer de muitas outras formas. Se de alguma forma eu posso te ajudar também, responde esse e-mail me contando como?

E se em algum dia da sua vida você se sentiu como essa mulher, não deixa que isso te impeça de ser todas essas tantas coisas!

Coloca pro mundo, se assume, aproveita todo esse potencial!

Essa é a época perfeita pra colocar na sua lista a resolução de mostrar o quanto você é foda pro mundo. E eu espero, de verdade, que você consiga fazer isso.

O mundo precisa de mais gente assim!

Essa provavelmente é a última newsletter que vou te enviar em 2016, então já vou aproveitar pra deixar os meus agradecimentos por ter feito meu ano incrível! Por estar aqui e por me permitir cumprir mais um pedacinho da minha missão.

Espero que essa fase de fim/começo de ciclos seja alegre, feliz e acolhedora. Que você aproveite muito e amadureça com carinho a ideia de ser você mesma, de deixar as neuras pro passado…

A gente se vê no ano que vem!

Um beijo,
Érica Minchin

*este texto foi originalmente enviado para as mulheres que assinam a minha newsletter. Se você também quiser receber textos especiais e saber de cursos, workshops e outras novidades antes de todo mundo, além de desentulhar esse armário, baixe o e-book e assine a lista aqui.

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