como escolher roupas

Como escolher roupas?

Você pode ter passado anos fazendo análise para se conhecer lá no fundo, pode entender seu estilo com ninguém, conhecer as tendências, manjar tudo de dress code e ter barras de ouro que valem mais do que dinheiro para comprar qualquer roupa que você queira. E mesmo com tudo isso, você não vai ter um relacionamento feliz com o seu guarda-roupa se não souber tomar boas decisões na hora das compras. Afinal, como escolher roupas?

Há quem se guie pelas ofertas, quem compre seguindo a moda e até quem faça questão de deixar prontos no armário os looks para usar no dia em que conquistar a vida que deseja: virar CEO da empresa, viajar para Aruba, ter 5 filhos e 2 cachorros… Mas eu garanto que nenhum desses critérios resulta em boas aquisições.

Primeiro porque tem muita peça barata que sai cara. Seja pela qualidade, seja porque acaba saindo para doação sem sequer ter perdido a etiqueta. Segundo, porque a moda é só um instrumento pra gente usar com moderação e com a intenção de deixar o look mais atual. Mais importante do que as tendências é se pautar pelo próprio estilo e encontrar peças alinhadas à mensagem que você quer transmitir. E, por último, mas não menos importante: comprar roupas para a vida que você quer ter é um desperdício de dinheiro. Mesmo que você não mude a rota no meio do caminho, quando chegar ao destino desejado você já vai ter outras prioridades, outras aspirações, e certamente aquelas roupas de diretora que você comprou quando era jovem aprendiz não vão mais fazer sentido.

Como escolher roupas: critérios

Para evitar que você gaste seu dinheiro em roubadas e acabe com um pavê da Rachel, de Friends, no armário (aquele que ela fez misturando uma receita doce e uma salgada por engano, nada combinava com nada e o resultado foi desastroso), tenho sugestões. Seguindo critérios rigorosos, você garante boas compras que vão te ajudar a colocar pra fora sua personalidade, otimizar seu guarda-roupa e fazer você se sentir fod* cada vez que se arruma.

  • Cada peça precisa valorizar os pedaços do seu corpo que você adora. É do seu colo que você gosta mais? Então certifique-se de que a blusa o emoldura com muita dignidade. É o bumbum a sua parte favorita? Então garanta que a calça deixe-o no formato perfeito que você ama. “Ah, mas eu escolho as blusas que disfarçam o meu peito”, “Eu prefiro as calças que diminuem minha barriga”. Não faça isso! Vestir-se para disfarçar supostos defeitos é um caminho certeiro para ficar insatisfeita com o look. Até porque, normalmente, o efeito é oposto e você acaba atraindo olhares para o que queria esconder;
  • As roupas têm que vestir perfeitamente o seu corpo. Você não tem que comprar uma saia que só vai ficar boa quando você perder 7 quilos, ou uma blusa que só vai ter um caimento legal quando você colocar próteses de silicone. Vista-se para o corpo que você tem agora! E lembre-se: a roupa não sai pronta da loja. Muitas precisam de ajustes para melhorar o caimento, então você vai precisar ter tempo e disposição para levar cada nova aquisição àquela costureira de confiança;
  • Você precisa escolher as peças com a melhor qualidade que seu dinheiro pode comprar. Se uma blusinha está quase de graça mas a qualidade é duvidosa, então ela custa caro. Vai estragar na primeira lavagem, vai ficar encostada no fundo do armário, vai gerar mais lixo para o planeta… Então, desencane de achados bonitinhos, mas ordinários. Mais vale focar em bons materiais, corte bem feito e bons acabamentos;
  • Todas as suas peças têm que fazer você se sentir incrível. Nada menos do que isso. Se a roupa que você cogita comprar não faz você ouvir o DigDin DigDin do hit “Sou Fod*”, já no provador, não merece um espaço no seu cobiçado guarda-roupa.

Como se concentrar ao escolher roupas?

Se você está pensando que é preciso lembrar de muitos critérios ao fazer uma compra, você está certa. Comprar não é fácil, mesmo. E nem deve ser. A boa notícia é que, passada a dificuldade da compra, quando a aquisição é boa, vestir-se fica muito fácil.

Mas, às vezes, o ambiente onde você faz suas compras acrescenta dificuldades a mais ao momento. Nos shoppings, as pessoas são expostas a uma quantidade enorme de luzes, cheiros e cores colocados ali propositalmente para aguçar os sentidos, chamar atenção para muitos pontos dispersos, deixar os consumidores levemente confusos e despertar a Becky Bloom que mora dentro de cada um.

Pode ser que esse bombardeio de estímulos seja demais para você, a ponto de incomodar. E aí, fica mesmo difícil se concentrar nas compras. É o seu caso? Fique tranquila, muita gente se sente desconfortável em shoppings, em lojas cheias e ambientes barulhentos. Algumas pessoas, inclusive, têm Transtorno de Processamento Sensorial, uma condição que pode tornar a percepção de estímulos muito aguçada. Aí, um barulho mais alto fica realmente perturbador, e transitar em um ambiente tão exageradamente cheio de informações se torna mentalmente exaustivo.

Uma solução, nesses casos, pode ser a compra online. Embora o e-commerce não tenha provador com espelhos nos quatro cantos pra gente ver no detalhe o caimento da roupa, todas as lojas virtuais são obrigadas a aceitar trocas e devoluções por um período após a compra.

Outra opção é escolher algumas peças na loja online e ir com as fotos salvas no celular, para procurar exatamente aquelas na loja física e experimentá-las antes de decidir qual vai ser arrematada.

Lojas pequenas e de rua também podem ser boas opções para quem quer desviar do bombardeio de informações dos shopping centers.

Experimentar possibilidades até encontrar as melhores maneiras para você fazer suas compras é tão importante quanto se certificar de que cada peça passa pelos seus crivos antes de ir para o caixa. Todos esses fatores são fundamentais para fazer boas escolhas e só deixar entrar no guarda-roupa as peças DigDin que merecem uma vaga nesse lugar especial.