6 jeitos de consumir com mais consciência

Apesar de alguns ainda acharem uma chatice, discutir o consumo sustentável há muito deixou de ser “modinha” para virar uma necessidade.

O problema é que, como eu já falei por aqui, muita gente não sabe por onde começar. Uma coisa é certa: é mais fácil do que você imagina.

 compre de quem faz

Comprar de artesãs/marcas menores/lojinhas de bairro sempre vai ser mais interessante, ambiental e socialmente falando, do que comprar de grandes redes. Além de valorizar o trabalho de uma pessoa e fortalecer a economia regional (seja do bairro, da cidade, do estado ou do país), você fica sabendo a procedência do produto e não corre risco de financiar o trabalho escravo em lugar algum.

Outro ponto bacana dessa alternativa é a exclusividade. Como os produtos são fabricados em pequena escala, dificilmente você encontrará outras 2832983 pessoas com a mesma roupa que você por aí.

Existe um movimento com esse nome que tem site e também tem o grupo no facebook voltado apenas para a produção feita por mulheres.

 informe-se sobre a procedência

Comprar de grandes corporações pode não ser um problema desde que você acompanhe os passos daquela marca e procure se certificar, na medida do possível, se os seus processos não agridem o meio ambiente e se os funcionários são valorizados. Um aplicativo que cuida da questão trabalhista é o Moda Livre.

Esse passo também vale para quando você compra de empresas menores, aliás. Não adianta comprar de quem faz um trabalho belíssimo sem questionar a procedência do material que usa.

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 transforme

Antes de se desfazer, tenha certeza de que a sua peça não pode ganhar nova vida com uma pequena (ou grande) transformação. Um bordado aqui, um aplique ali, uma barra acolá… As possibilidades são infinitas. Já sugeri que clientes transformassem até blusas em saias e o resultado ficou bem bacana!

A camiseta velha ganha mais um respiro com algumas aplicações. Imagem: meu instagram.

A camiseta velha ganha mais um respiro com algumas aplicações. Imagem: meu instagram.

Se você tiver alguma inclinação para os trabalhos manuais e conseguir fazer sozinha, legal. Se tem vontade, mas precisa de ajuda, uma opção são as oficinas de Reroupa da Gabriela Mazepa e da Elisa Dantas, que transformam calças em blusa, camisas em saias, camisetas em vestidos e por aí vai.

Se essa não é sua praia, aquela costureira amiga pode ser uma excelente ajuda!

reaproveite

Nem sempre uma mudança física é necessária para que você possa aproveitar mais uma peça querida. Em muitos casos, basta olhar de um jeito diferente para elas. Seja coordenando com uma cor que não tinha pensado, ousando misturar com uma estampa ou acessório inusitado ou até pensando em um outro jeito de vestir a peça.

limite seu armário 

Volto a dizer: armário cheio = pesadelo. Muitas opções não rendem muitos looks porque dificultam a hora de planejar, não deixam a gente visualizar o que realmente interessa e isso só aumenta a nossa insatisfação.

Em vez de sair comprando loucamente, pergunte-se se aquela peça vai mesmo funcionar com outras que você tem aí e se ela faria falta na sua vida. Se a resposta para a segunda pergunta for “não”, já sabe, né?

compre qualidade, em vez de quantidade

O “fast fashion” deixou muita gente mal acostumada – sites que trazem bugigangas da China, mais ainda. E, assim, roupa é que nem opinião: se você for cheia delas, é porque algo certamente está sobrando; se mudar frequentemente (às vezes, acontece), parece que não faz isso de maneira embasada. Um dos caminhos mais rápidos para consumir de forma consciente é trocar volume por coerência. Em vez de comprar aquelas 4 blusinhas de R$20,00 que vão se desfazer antes de chegar na máquina e que sacrificaram muitas coisas para que pudessem custar isso (incluindo vidas), invista em uma de R$80,00 que fica perfeita em você e vai durar muito.

Tá no processo? Me conta aí o que você anda fazendo para consumir melhor!

Imagem em destaque: cortesia de franky242 em FreeDigitalPhotos.net