Esses dias, assisti novamente um dos TEDs mais incríveis que já vi nessa vida: o da Chimamanda Ngozi Adichie, sobre o perigo de uma história única.
Se você não assistiu ainda, eu sugiro fortemente que você o faça. Ela discorre sobre como dar ouvidos a apenas uma única visão de mundo pode ser extremamente prejudicial e cita exemplos que vão desde a sua infância na Nigéria, quando começou a escrever livros, até o momento em que isso virou a sua profissão.
Isso me deixou pensando em como esse tipo de coisa pode impactar até os aspectos mais aparentemente superficiais da nossa vida, como o nosso armário.
Do mesmo jeito que contar uma única história com relação aos outros pode ser extremamente problemático, por “roubar a dignidade das pessoas”, acreditar nessas que nos contam acaba trazendo o mesmo efeito horrível.
Então, te convido a fazer uma reflexão:
Em quantos estereótipos você acredita – e por isso deixa de se permitir experimentar tantas coisas novas? Em quantos momentos você deixou de ser tantas coisas belas porque alguém te disse que o belo era outro?
Às vezes, até a história mais “bobinha” sobre ideais de beleza ao qual não pertencemos pode ter impactos catastróficos na nossa vida.
O primeiro passo para uma boa relação com qualquer aspecto da nossa vida é retomar o controle sobre as histórias que acreditamos e, principalmente, mudar as histórias que também contamos sobre nós mesmos para as outras pessoas.
As histórias que você precisa contar quando…
Te disserem que você precisa abrir mão da sua delicadeza para subir na carreira
Muito menos do seu armário. Não tem essa de se masculinizar para projetar autoridade – isso pode até trazer o efeito contrário.
Ou se infantilizar para parecer mais dócil
Essa história de que para parecer delicada você precisa parecer uma criança é coisa de gente esquisita que não se permite enxergar que cada fase é diferente e tem suas coisas boas, e que a gente não precisa ficar preso no mundo na Terra do Nunca para ter uma boa vida.
A imagem é uma coisa tão maravilhosa que permite que a gente consiga projetar força, alegria, descontração, seriedade e tantas outras coisas em um mesmo look. Por que desperdiçar isso?
E que a sua roupa pede que outros invadam seu espaço
A sua imagem pode determinar uma porção de coisas, mas isso não quer dizer que você estava pedindo nada.
Nunca. Em momento algum.
E as que precisa repetir na frente do espelho, se…
Você não tem o corpo da Gisele.
Que péssimo o mundo seria se todo mundo fosse igual, né? Se você tivesse o corpo da Gisele, por exemplo, ia ter que se contentar em ficar somente linda (quando poderia ficar maravilhosa) em peças cropped, por exemplo.
Ou o bumbum da Kim Kardashian
Sobraria pouco espaço para explorar algumas peças tão interessantes, como as saias mais rodadas e volumosas.
Já passou da idade
Que bom! Assim como os vinhos, algumas coisas só melhoram com o tempo.
A segurança para encarar alguns elementos é uma delas.
Se libertar das histórias que só atrapalham e olhar mais para aquilo que importa pra si, dá um play neste que é o meu hino pra vida.Sugiro fortemente que você ouça com fone de ouvido e aproveite cada notinha dessa gravação incrível.
PS: se você quiser dividir comigo as histórias que deixou que atrapalhassem a sua vida, comenta aqui em baixo!
*este texto foi originalmente enviado para as mulheres que assinam a minha newsletter. Se você também quiser receber textos especiais e saber de cursos, workshops e outras novidades antes de todo mundo, além de desentulhar esse armário, baixe o e-book e assine a lista aqui.
Imagem: Death to the stock photo