Vira e mexe, quando alguém me procura, sempre rola uma insegurança, uma justificativa, uma mania de se depreciar e querer ganhar um concurso imaginário de “casos perdidos da consultoria de imagem”.

Mas, né, eu não sinto nem um pouco em te dizer que: não existe isso de caso perdido.

Existe gente que não se encontrou ainda, gente que não tá pronta pra encarar o processo, gente que não se permitiu ver tão incrível, mas… caso perdido? Isso aí é balela.

O que até acontece com certa frequência é que eu deixo pra sugerir uma peça ou look em outro momento, por mais maravilhoso que eu saiba que aquilo vai ficar, por não ser a hora certa. Porque saber a hora certa pra cada coisa também faz parte do processo (mas você tem que começar, se não não adianta!).

É que nem quando a gente tenta usar batom vermelho aos 15 anos – e fica toda esquisita – até que, anos mais tarde, descobre que pode ficar gatona. Pode ser exatamente o mesmo batom. Pode ser aquele vermelho que funciona perfeitamente pra gente, mas se o momento for errado, não tem cor boa que ajude!

E, oh, vou te confessar uma coisa: esses dias me deparei com umas fotos de documentos antigos e, olhando pra uma foto tirada antes que eu trabalhasse de verdade com consultoria (antes disso, só aplicava alguns conceitos nos meus trabalhos de criação e desenvolvimento de produtos), eu também me acharia um caso perdido. E olha que essas fotos nem mostravam minhas roupas, só o rosto/cabelo.

Quando eu conto pras pessoas que me conhecem há pouco tempo que já tive cabelão no meio das costas, ninguém acredita. A mesma reação quando digo que, por quase 10 anos da minha vida, tingi meu cabelo de cereja porque tinha uma cisma com a cor natural. Assim como achava que, por mais maravilhoso que cabelo curto fosse, eu jamais poderia usar um treco desses.
Ainda que eu não ache que o cabelo que hoje me representa ficaria tão bom há 8 anos.

Em cima: 2015 (já desatualizada, porque o cabelo diminuiu ainda mais 😛 ), 2012 (já encontrada, mas em outro momento da vida). Embaixo: 2009 (começando a me encontrar – o cabelo tinha bicos bem alongados que estão presos nessa foto), 2007 (socorro).
Daí que, né, depois desse choque de realidade eu achei que seria de bom tom vir aqui te contar que você que tá aí desesperada com o seu armário não é um caso perdido.

Cabe dizer, inclusive, que o meu armário acompanhou o movimento do cabelo e hoje está mais sucinto do que nunca.  Mesmo que a balança tenha ido na contra-mão.

Então, respira fundo e analisa o seu momento da vida. Será que o que tá te atrapalhando aí não é esse monte de coisas que já tinha que ter ficado pra trás? Será que você não tá se escondendo atrás de uma imagem que não te pertence mais, por medo de se permitir ver o quão bacana a vida te tornou?

Se precisar de ajuda pra enxergar o que tá sobrando, deixa um comentário ou me manda um e-mail! Vou adorar conversar com você!

[UPDATE 27/04/2016]

Eu falei sobre o mesmo assunto no meu canal do Youtube, veja o vídeo abaixo.

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